Lançamento da Campanha Nacional Frente Feminista Contra o Feminicídio.

Logo da campanha: o desenho da metade vertical de um girassol, com pétalas amarelo e laranja, miolo e contornos marrons, à esquerda da frase: LEVANTE FEMINISTA CONTRA O FEMINICIDIO
Fim da descrição.

Em evento online, Levante Feminista Contra o Feminicídio lança oficialmente campanha “Nem Pense em Me Matar – Quem mata uma mulher mata a humanidade!”.
“Vivemos, sobretudo, a pandemia da violência, do feminicídio íntimo e político.

É a luta feminista e antirracista que colocará fim a esse governo de morte, que não previne a violência e não protege as mulheres. Sem proteção à vida das mulheres não há direitos
humanos.”
Com a fala acima, a socióloga Vilma Reis, referência dos movimentos negros no país, integrante da Coletiva Mahin e Coalizão Negra Por Direitos, abriu a live giratória de lançamento da campanha do Levante Feminista Contra o Feminicídio, na manhã de quinta-feira (25).

Em duas horas e meia, ao vivo, mais de 12 mil pessoas acompanharam a live no
perfil oficial do Facebook do Levante e outras milhares em cerca de 70 canais pelo Brasil, que transmitiram o evento nas redes sociais.
A leitura do Manifesto, que norteia a campanha #NemPenseEmMeMatar. emocionou a audiência. Transformado em vídeo, intitulado “Chega de Feminicídio”, foi gravado por
militantes das cinco regiões do país. Elas leram em casa, na lavoura, na rua ou no jardim trechos do documento, que já conquistou 29 mil assinaturas.
A criação e direção são de Luciana Sérvulo da Cunha, a música original é de André Abujamra, artes, de Marta Moura, edição e finalização de Eduarda Milena. O texto é um grito de advertência ao Legislativo, Executivo e Judiciário, para que sejam tomadas medidas que interrompam o assassinato de mulheres no país.
Composto por Cris Pereira, interpretado por Fabiana Cozza e por feministas, o samba inédito
“Corpo Meu” foi exibido pela primeira vez na live e está disponível em todas as redes sociais do Levante. Nasceu dessa canção, a mensagem afirmativa do movimento nacional.

A letra diz:
“Houve um dia, que eu até sentia medo
Que você chegasse cedo.

Pro meu corpo machucar.

Mas eu virei o tabuleiro
Este jogo, companheiro,
Eu não vou mais aceitar.
Nem Pense Em Me Matar”

Entre as participações que chamaram a atenção na live estão Célia Xakriabá, educadora, referência do povo indígena Xakriabá; Carol Santos, do Movimento Feminista Inclusivas; as deputadas federais Maria do Rosário (PT/RS) e Jandira Feghali (PCdoB/RJ), Benedita da Silva (PT/RJ), a vereadora Monica Benicio (PSOL/RJ), além das ativistas latino americanas Verônica Gago, representante do Ni Uma Menos, da Argentina, e de Sofia Garzon Valencia, do Processo de Comunidades Negras (PCN), da Colômbia.
A campanha – que ferve nas redes sociais e conta com centenas de coletivos, organizações e movimentos em 23 estados – tem um funcionamento fluido e horizontal.

O Levante pretende estendê-la por dois anos, com monitoramento de casos, pressão e sensibilização da sociedade para, assim, brecar a violência contra as mulheres. Após o lançamento, haverá ações pontuais e localizadas, que serão desenvolvidas com base na realidade específica do feminicídio nas cidades e regiões.

Para isso, foram criados materiais de comunicação com girassóis amarelos, símbolo do Levante, que figuram como sinal de esperança e celebração da vida. Mas as regiões têm autonomia para adotar a própria linguagem.

Assine o Manifesto

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