Nos dias 26 e 27 de junho de 2025, no Centro Cultural da UFRGS, foi realizado o seminário “Feminicídio: entre a misoginia e o negacionismo”, organizado pelo Coletivo Feminino Plural em parceria com o NIEM/IFCH/UFRGS.
O seminário abordou temas essenciais sobre a violência de gênero no Brasil, destacando a negação institucional das motivações de gênero nos crimes, o papel do racismo estrutural e a invisibilidade de corpos marginalizados. Foram discutidos:
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Misoginia institucional e negacionismo do feminicídio
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Monitoramento e visibilidade através do Observatório Lupa Feminista
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Etnofeminicídio, com destaque para o caso de Daiane Griá Sales
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Relatos de sobreviventes de feminicídio tentado
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Feminicídios invisíveis (mulheres negras, indígenas, LBTs, com deficiência)
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10 anos da Lei do Feminicídio – desafios e perspectivas
Durante o seminário, foi lançado o Dossiê “Etnofeminicídio: Justiça por Daiane Griá Sales”, um documento histórico que denuncia o assassinato da jovem indígena kaingang Daiane Griá como o primeiro etnofeminicídio reconhecido e condenado no Brasil.
A publicação é fruto de uma construção coletiva entre organizações como o Coletivo Feminino Plural, Lupa Feminista, GT Guarita pela Vida, Querela – Jornalistas Feministas e a Campanha Levante Feminista Contra o Feminicídio. O dossiê evidencia as violências de género e raça, a negligência institucional e a resistência dos povos indígenas, com o grito de luta: “Meu corpo, meu território”.