Unilasalle (Auditório Irmão Arsênio Both, na Av.Victor Barreto, 2288 -prédio 1.- Canoas)
Outras oficinas – 18/6, 9/7, 16/7 – Local: Unilasalle – Centro – Canoas
Informações pelo e-mail: projetoconexoes.cfp@gmail.com
Contatos pelo fone: 51 81288647 (Neusa Heinzelmann, coordenadora do Projeto).
PARA SABER MAIS:
Sobre HIV e Aids
Em relação ao HIV, estima-se que aproximadamente 718 mil pessoas vivam com o vírus da Aids no Brasil, o que representa uma taxa de prevalência de 0,4% na população em geral, dos quais em torno de 80% (574 mil) tenham sido diagnosticados. No ano de 2012, foram notificados 39.185 casos de aids no Brasil. Este valor vem mantendo-se estável nos últimos 5 anos segundo o Ministério da Saúde (2013). De acordo com o Boletim Epidemiológico do órgão, a taxa de detecção nacional foi de 20,2 casos para cada 100.000 habitantes. A maior taxa de detecção foi observada na Região Sul, 30,9/100.000 habitantes, seguida pela Região Norte (21,0), Região Sudeste (20,1), Região Centro-Oeste (19,5), e Região Nordeste (14,8). Dentre as Unidades da Federação, destacam-se as maiores taxas de detecção de casos de Aids no Rio Grande do sul (41,4), Santa Catarina (33,5), Amazonas (29,2) e Rio de Janeiro (28,7). Embora alguns questionem o processo de feminização da epidemia de Aids, as evidências apontam para um crescimento do número de casos entre as mulheres, principalmente entre as jovens. De uns vinte anos para cá, a proporção de mulheres com Hiv/Aids aumentou de 33 para 48%. Ao afirmar que há uma feminização, não se afirma que as mulheres sejam ou serão a maioria entre infectados, mas as brechas existentes entre os sexos desde o início da epidemia se reduziram drasticamente, com impactos fortes na vida e saúde das mulheres. Hoje se sabe que a razão entre os sexos já se aproximou muito entre homens e mulheres e em algumas faixas etárias já se inverteu. Entre os/as jovens de 15 a 24 anos infectados pelo HIV, 60% são mulheres. Portanto, na plenitude da vida, tanto laboral quanto reprodutiva, elas passam a conviver com um vírus que ataca suas defesas e seu corpo, sua autoestima, sua condição de resposta diante das violências e dominações de todas as espécies.
Segundo o site da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, entre 1980 e 2010 foram assassinadas mais de 92 mil mulheres no Brasil, 43,7 mil somente na última década, um aumento de 230% segundo o Mapa da Violência 2012 divulgado pelo Instituto Sangari. Já o Mapa da Violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil revela que, de 2001 a 2011, o índice de homicídios de mulheres aumentou 17,2%, com a morte de mais de 48 mil brasileiras nesse período. Só em 2011 mais de 4,5 mil mulheres foram assassinadas no país.
Sobre a Campanha
A Campanha “Women Won’t Wait – Mulheres Não Esperam Mais – Acabemos com a Violência e a Aids Já” foi criada em 2006 para abordar a interface entre a violência contra a mulher (VCM) e a Aids. Composta por uma coalizão de organizações do sul econômico global, ao longo dos anos a Campanha se constituiu em um espaço privilegiado para a produção de conhecimento sobre o tema, assim como um locus estratégico para sensibilizar e articular novos parceiros e movimentos, incluindo organizações feministas e ONGs Aids, no debate sobre o que hoje se considera epidemias gêmeas e desafios globais.
A parceria entre Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero, e o Coletivo Feminino Plural visa implementar no Brasil ações da Campanha Women Don’t Wait, campanha internacional coordenada pela Fundación para Estúdio y Investigación de la Mujer – FEIM, da Argentina, e a Rede de Desenvolvimento e Comunicação das Mulheres Africanas – FEMNET, através, neste caso, de uma pesquisa sobre a intersecção entre a epidemia do HIV e da Aids com a violência contra as mulheres, com base na agenda do UNAIDS, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/AIDS, intitulada “Ação país para Mulheres, Meninas, Igualdade de Gênero e HIV”. No Brasil esta estratégia se articula com o Plano Nacional de Enfrentamento à Feminização da Epidemia do HIV e da Aids.
Coletivo Feminino Plural
Fundada em 1996, esta organização feminista atua na defesa dos direitos humanos e da cidadania das mulheres e meninas, enfatizando ações no campo da saúde, sexualidade, violência e cultura. Mais informações: http://femininoplural.org.br/