Registro da trajetória do Nepem marca primeiro dia de seminários sobre política e feminismo

Fabíola de Paula/UFMG
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Abertura teve a presença da vice-reitora Sandra Almeida (ao centro)

UFMG – As professoras aposentadas da UFMG Magda Neves e Dirlene Marques, que em 1984 foram cofundadoras do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (Nepem), deram seu testemunho para o público do evento que celebra o trigésimo aniversário do Núcleo. A atividade, coordenada pela professora Marlise Matos, da Fafich, ocorreu no auditório do Centro de Atividades Didáticas (CAD 2) da UFMG.

A atividade integrou o IV Seminário Internacional Política e Feminismo e o Seminário 30 anos do Nepem: desafios da construção em diálogo das práticas e teorias feministas. Até o próximo sábado, 13, os eventos vão promover reflexão sobre a articulação da política com o pensamento e a prática feminista e de gênero na América Latina.

A abertura do evento contou com a presença da vice-reitora da UFMG, Sandra Goulart Almeida, que destacou a importância de se valorizar a memória do Nepem, que deve ser “a inspiração para dar continuidade” aos trabalhos do Núcleo.

“Tenho a convicção de que tudo o que o Nepem já fez foi decisivo para as vitórias históricas conquistadas pelas mulheres nas últimas décadas”, comentou a vice-reitora. Ela revelou também seu anseio de que as reflexões sobre o feminismo extrapolem o campo das ciências sociais na Universidade e de que seja futuramente criado na UFMG um instituto de estudos sobre feminismo e gêneros.

Após mencionar outras participantes do movimento de criação do Núcleo e relembrar episódios marcantes, como as várias mudanças de sede ao longo dos seus primeiros anos de existência, Magda Neves, que atuou no Departamento de Ciência Política, externou seu orgulho em deparar com tantas jovens militantes do Nepem nos dias atuais. “É gratificante comprovar que nossos ideais não foram esquecidos e que a luta continua”, disse.

Dirlene Marques, que foi professora da Face, recordou que a ideia inicial foi fundar uma instância que, embora centrada nos interesses do gênero feminino, não limitaria a participação de homens. “Mas, diferentemente do que acontece hoje, o grupo foi inicialmente formado só por mulheres”, relatou, completando que, na ocasião, todas as unidades da UFMG foram acionadas para a indicação de componentes para o Nepem.

Também foi apresentado um vídeo com depoimentos dos atuais integrantes do Núcleo. Eles falaram sobre atividades de promoção da resistência ao machismo, autonomia das mulheres e justiça social, além dos trabalhos de extensão mediados pelo Nepem.

Outras informações estão no site do evento.

Fonte: UFMG, publicado em 11 de setembro de 2014.

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