Coletivo Feminino Plural, através de Neusa Heinzelmann, que também coordena o Comitê de Combate à Tuberculose no RS, participou nesta segunda-feira de uma reunião com movimentos sociais e depois de audiência pública sobre a Aids no RS enquanto epidemia generalizada, com a presença do Dr. Draurio Barreira, Ronaldo Hallal, Patrícia Werlang e Jair Brandão do Ministério da Saúde.
A audiência foi o terceiro encontro da Frente Parlamentar estadual recentemente retomada pelas deputadas Laura Sito, Luciana Genro e Leonel Radde.
Entre os encaminhamentos, a constituição de um grupo intersetorial como ao nível nacional com pastas necessárias ao enfrentamento das questões do HIV, TB e outras doenças, dada a realidade do RS. O estado apresenta as maiores taxas de HIV entre gestantes e de transmissão vertical da sífilis congênita. Um gravíssimo problema para as mulheres e seus filhos.
O Rio Grande do Sul ainda figura entre os 5 estados com maiores índices de HIV, conforme o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde de 2022, sendo Porto Alegre a segunda capital no ranking.
No Rio Grande do Sul houve uma estabilização dos dados em altas taxas de contaminação e morte por HIV. A baixa procura pelo tratamento conhecido como PREP, a Profilaxia Pré-Exposição, também foi apontada pelos dados do representante do Ministério da Saúde. O Estado tem 11% de casos de HIV do país e apenas 5% de uso de PrEP. Outro problema trazido pelo médico é a pouca frequência de busca pela Terapia Antirretroviral
Segundo Carla Almeida, do Gapa, “Essa epidemia é um reflexo do descompromisso político das gestões municipais e estaduais em enfrentar as ações que a gente tem”.
Segundo Neusa Heinzelmann, que já coordenou vários projetos de prevenção ao HIV do CFP, entre os quais “Duas epidemias, um compromisso – Projeto Conexões” (foto) as mulheres então entre as pessoas mais afetadas pela falta de políticas públicas, de ações preventivas em comunicação, de educação em saúde e de incorporação do enfoque de gênero nas políticas.