Imagine mulheres de diferentes idades que ao longo da vida foram maltratadas por homens, pela miséria e pela vida. Esse é o caso das selecionadas pelo ‘Apolônias do Bem’, que deixaram a vida triste e o sorriso vazio para rir à toa de um novo tempo em suas vidas.

Vítimas da negligência, todas elas possuíam problemas odontológicos graves e a maioria das selecionadas quase não tinham dentes. Seus sonhos não era um carro ou uma roupa de marca, era apenas um dia poder ter o direito de sorrir de novo, sem vergonha, sem colocar a mão na boca para esconder os poucos dentes que lhes restam.

Foi aí que a ‘Turma do Bem’ coordenada pelo dentista Fabio Bibancos entrou na vida dessas mulheres guerreiras que carregam marcas de feridas que as assombraram por muitos anos, como agressões, abusos sexuais e muita humilhação.

O projeto ‘Apolônias do Bem’ existe há quatro anos e diversas mulheres já tiveram seus dias mudados com um sorriso. A história de várias mulheres é mostrada no vídeo documentário abaixo. Assista e não deixe de compartilhar a sua opinião deixando seu comentário na notícia.

Assista ao vídeo com depoimentos de mulheres vítimas de VCD e beneficiadas pelo projeto: https://www.youtube.com/watch?v=s5BneXwFohs

Dados alarmantes

A Fundação Perseu Abramo revelou que há cada dois minutos uma mulher é agredida no Brasil. Embora seja mais comum as pessoas acreditarem e presenciarem casos de violência doméstica em famílias pobres, em sua maioria em condições de miserabilidade e em bairros de periferia, esse tipo de crime não escolhe classe social para se consumar.

O que muda é o perfil da vítima e a forma dela agir após a agressão. Geralmente, quanto maior o nível de instrução da mulher, mais rápido ela encerra vínculos com o agressor e até o denunciam. Outras preferem não denunciar ou contar para alguém, ainda que a relação com o agressor acabe. O silêncio pode se dar por medo, vergonha ou dependência.

Centenas de boletins de ocorrência são lavrados todos os dias em todo o país de mulheres de diferentes idades e condições sociais que foram agredidas ou ameaçadas por atuais ou ex-cônjuges, bem como por pessoas alheias à vida delas, como um vizinho ou um estranho.

Após uma cabeleireira ser morta pelo ex há alguns anos (mesmo depois de o denunciar várias vezes), a lei Maria da Penha mudou. Em caso de lesão grave, a mulher não precisa representar contra o infrator, sendo o próprio Ministério Público que o processa e o mesmo vai preso. Em caso de lesões leves, é a vítima quem decide se vai apenas registrar o boletim de ocorrência ou se quer que o mesmo seja punido pelo ato.

Fonte: Blastingnews, por Sil Polanski, publicado em 18/02/2016.