Mulheres, cidadãs que podem!

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Neste final de semana, Frederico Westphalen foi a quinta cidade a ser palco do projeto “Mulheres, cidadãs que podem!”, do Coletivo Feminino Plural.Os desafios do empoderamento político das mulheres foi tema de aula aberta ministrada na sexta-feira pela jornalista, cientista política e coordenadora do projeto, Telia Negrão.
Foto: Marina Bonez/Da Hora.

A programação se estendeu a Seberi, no sábado e no domingo, com cursos que abordaram temas relacionados à questão de gênero, cidadania e participação política, direitos humanos das mulheres, desigualdades, diversidade, ativismo feminista, agenda do movimento de mulheres, políticas públicas, lideranças e poder, comunicação política e planejamento. As atividades foram realizadas no Centro de Formação do Movimento dos Pequenos Agricultores -MPA.

Sobre o projeto

Foto: divulgação

Foto: divulgação

O projeto “Mulheres, cidadãs que podem!” tem como foco estimular e qualificar a participação das mulheres em espaços coletivos de tomada de decisão, promovendo a reflexão sobre a necessidade de mudanças no sistema político em vigor. Este é um projeto que abrange um grupo de 280 mulheres, líderes de seis a nove regiões funcionais do Rio Grande do Sul, oriundas de diferentes contextos socioculturais e condições sociais, ativistas de partidos políticos e do movimento de mulheres/feministas, e outras sem qualquer vinculação partidária.

“O projeto é uma emenda da deputada Maria do Rosário (PT) e tem como objetivo qualificar a presença das mulheres nos espaços coletivos e de tomadas de decisões, preconizando que as mulheres saiam “fortificadas” para ocupar espaços principalmente na política”, afirma Teresa Cristina B. dos Santos, doutora em Psicologia Social e membro do Coletivo Feminino Plural.

Quanto ao empoderamento, destaca que buscam desconstruir as diferenças que ao longo dos anos foram construídas, “principalmente na parte da diferença de gênero, onde nós, mulheres, acabamos ocupando papéis que nos são passados de acordo com nosso gênero, então nós buscamos desconstruir esses conceitos para que possamos assumir outros lugares, compreendendo nossos direitos e buscando salários igualitários nos cargos em que ocupamos”.

O Coletivo Feminino Plural

O Coletivo Feminino Plural vem desencadeando um importante papel na sociedade, sendo uma organização não governamental (ONG) que visa, prioritariamente, a garantia dos direitos humanos e da cidadania de meninas e mulheres, dando ênfase ao protagonismo social e político. Em seus 20 anos de existência, o Coletivo tornou-se uma referência em ações de advocacy e controle social em nível nacional e internacional.

Foto: Coletivo Plural Feminino

Foto: Coletivo Feminino Plural

A entidade trabalha em parceria com mandatos e frentes parlamentares, subsidia e encaminha denúncias a audiências públicas e Comissões Parlamentares. Em âmbito internacional, coordena o Consórcio de Monitoramento da Convenção para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW) – Ação Permanente do Movimento de Mulheres, e integra o comitê da campanha Women won’t wait(Mulheres não vão esperar).

O coletivo considera a discussão sobre gênero fundamental. A advogada, especialista em Gestão Pública Participativa e também membro do coletivo, Renata Gonzatti, destaca a importância das questões de gênero serem discutidas desde a escola. “Há uma grande dificuldade na compreensão do que é a questão de gênero. Nós precisamos avançar e incluir essa discussão como uma pauta de capacitação, tanto dos professores, como da comunidade em geral, é preciso fazer uma desconstrução”.

Os representantes do Coletivo Transformação da UFSM- Campus Frederico Westphalen também estiveram presentes na ocasião e ressaltaram a importância desses debates também na universidade. Luma Ferreira acadêmica de Jornalismo e membro do Coletivo, enfatiza a importância da representatividade da mulher em todos os espaços “as mulheres hoje ocupam um espaço muito pequeno dentro da política apesar de serem a maioria das eleitoras. É muito importante estarmos levantando essas questões dentro da sociedade e da universidade também, pois a universidade não nos forma somente como profissionais, mas tem papel enquanto nos formar como cidadãs.”

Fonte:  AGÊNCIA DA HORA, publicado por  Bruna Bueno e Marina Bonez, acadêmicas do 5º semestre de Jornalismo e voluntárias da Agência da Hora, Universidade Federal de Santa Maria/FW, publicado em 13 de junho de 2016.

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