Mobilização nacional acontece em diversas cidades brasileiras de 22 a 28 de setembro, e promove ações reflexivas, informativas, formativas e político-culturais
Para marcar Dia Latinoamericano e Caribenho de Luta pela Descriminalização do Aborto – 28 de setembro, Porto Alegre e Canoas se somam à agenda nacional em mais uma edição do Festival pela Vida das Mulheres. Este ano, o festival vai acontecer em várias cidades do país inteiro e deve reunir diversas mulheres em busca do direito de decidir sobre o próprio corpo.
Em Canoas, nós, do Coletivo Feminino Plural, nos somamos ao festival com a realização da capacitação da equipe profissional da Clínica de Saúde da Mulher do Hospital da Ulbra sobre a luta pelos direitos sexuais e direitos reprodutivos no Brasil no dia 27 de setembro, às 9h30min. O hospital é nosso parceiro e uma referência no atendimento a casos de violência contra mulheres no município em que fica o Centro de Referência para Mulheres em Situação de Violência Patricia Esber – gerido pelo Coletivo Feminino Plural e um dos mais respeitados serviços desse tipo no País. O encontro conta ainda com apoio da Rede Feminista de Saúde e Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos.
No dia 28 estaremos juntas e mobilizadas em Porto Alegre no grande Ato promovido pela Frente Estadual pela Legalização do Aborto Legal e Seguro para Todas, da qual fazemos parte, que acontece no sábado a partir das 11h nos Arcos do Parque da Redenção.
Antes, no dia 26 (quinta-feira), às 19h, as companheiras da Casa Mulheres Mirabal e 8M promovem evento sobre Aborto e Justiça Reprodutiva. No dia seguinte (27), a Fora da Asa realiza o Cinedebate sobre o filme O Aborto dos Outros, também às 19h.
Quem quiser já ir se preparando, neste sábado (21) às 16h30 tem uma Ação Antifascista que vai falar sobre “Tudo que você queria saber sobre aborto, mas tinha vergonha de perguntar“. A atividade começa às 16h30, na sede do Simpa.
Sobre a mobilização nacional:
O Festival pela vida das Mulheres 2019 acontece em diversas cidades brasileiras de 22 a 28 de setembro, e promove ações reflexivas, informativas, formativas e político-culturais.
Neste ano, novos desafios se impõem diante de nós:
– o aprofundamento do desmonte dos serviços públicos e ataques às categorias profissionais;
– as tentativas de retroceder nos permissivos do aborto legal, como a PEC 29/2015;
– a perseguição política e ameaças (inclusive de morte!) a militantes que defendem a legalização do aborto no Brasil.
Diante desse contexto, mais do que nunca é preciso reafirmar a luta por liberdade e autonomia para todas as mulheres.
O Estado deve garantir os direitos reprodutivos das mulheres e demais pessoas com útero, o direito à saúde, os Direitos Humanos e o direito a uma vida sem violência. Considerar a prática do aborto como crime não traz benefícios à sociedade: não reduz o número de abortos, coloca mulheres em situação de ilegalidade e, pela força do racismo e da desigualdade de classe, penaliza especialmente as mulheres negras, jovens e da classe trabalhadora e empobrecida.
O festival é um momento para compartilhar informações, debater nossas estratégias e amplificar nossas vozes em defesa da vida das mulheres através da política e da arte.