A emergência climática no Rio Grande do Sul, que atinge mais de 400 municípios do estado, afeta particularmente as mulheres, que carregam sobre si a responsabilidade pelos cuidados familiares.
Neste momento, milhares dessas mulheres estão em abrigos mistos, alguns exclusivos e albergadas em casas de familiares e amigas/os.
Carregam consigo filhos, pais e mães, animais, e sobretudo a preocupação com o presente e o futuro. A maioria perdeu casas, pertences, documentos, suas histórias pessoais e afetivas. Perderam fontes de renda, pois são a maioria da população que vive de trabalhos informais ou pequenos empreendimentos.
É um momento de muita vulnerabilidade econômica, social e pessoal. Até mesmo nos abrigos sofreram violências. Isso nos levou, como organização, a integrar uma força-tarefa que elaborou um Protocolo para Mulheres e Crianças e Emergência Climática e a buscar formas de financiar itens normalmente esquecidos nessas horas.
É preciso entender que o centro desta crise é a destruição do meio ambiente, e a necessidade de mudar o modelo de desenvolvimento. Mas as desigualdades ganham o mesmo peso, pois o modelo que desorganiza a natureza e coloca em crise a sobrevivência do planeta é patriarcal. Nele as mulheres sofrem de forma desproporcional, e por isso é preciso agir.
Vamos lutar para que o processo de acolher, agora, e reconstruir desde já, seja marcado pelo respeito, autonomia e empoderamento das mulheres.
Apoie nossa Campanha em favor das mulheres.
𝐕𝐚𝐦𝐨𝐬 𝐫𝐞𝐜𝐨𝐧𝐬𝐭𝐫𝐮𝐢𝐫 𝐣𝐮𝐧𝐭𝐚𝐬! |